sábado, 30 de abril de 2011

O Desejado


« Querer-te como o Amanhã, do mesmo modo que te quis ontem...O Desejado, és tu...Não te apresentaste perante mim montada em alvo cavalo numa manhã de neblina, nem sequer vieste do mais nefasto de todos os lugares que têm por nome Alcácer, não és uma Utopia por concretizar, és, isso sim, uma desarmante realidade...O sorriso, o teu, é uma barca que atraca neste cais e o toma de assalto, sem qualquer resistência. Trazes o Sol no olhar e na pele, nos lábios o sabor do salgado mar...O cabelo, ah , como não poderia mencioná-lo? Um negro lençol? Não, um xaile, português do Minho, longo e suave...Toda a tua aguitarrada figura é manifesto do Divino protector...A pergunta surgiu-me estranha, embora clara, num ápice, por entre um vendaval de pensamentos difusos e desconexos: "Vieste salvar Portugal?" ..."Não, tão só a mim..."...Essa foi a resposta que eu mesmo dei, sem redobrado esforço...»

Paulo César Fernandes

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