Vou contar-vos uma estória...

História da Humanidade?!?

AVISO: Isto é ficção, qualquer semelhança com a História da humanidade é pura coincidência.


Era uma vez um homem chamado Leonardo, se era Da Vinci ou Di Caprio já não sei, uma mulher chamada Rosa, um barco (se era uma gôndola de madeira também desconheço) e uma país chamado Portucale.
A Rosa era vimaranense, o Leo não sei. Se era de uma península, de uma ilha, não também não me interessa. O que me consta é que era um homem muito bondoso.
Também sei que Rosa era uma mulher única, com um coração de ouro, tinha perfume mas suspirava porque a sua terra tinha montanhas, rochas mas não tinha mar.
Um dia, a Rosa descobriu uma fonte e bebeu dessa água. Diz-se que a brisa e a suavidade do seu perfume chegaram ao Oceano Atlântico.
Leo estava perdido nos mares, tormentosos, tentando escapar das tempestades e dos furacões e então olhou para os Céus. Rezou, chorou de medo, bramou.
As estrelas não apareceram mas na sua alma fez-se luz: Leo sentira uma brisa perfumada e adormeceu.
No dia seguinte acordou numa praia selvagem qualquer (mais tarde chamaram a essa praia de resort) com o suave baloiçar das ondas.
Pisou terra firme e viu pegadas na areia.
Leo seguiu as pisadas e o perfume a rosa já tão seu familiar e voou… Isso agora já não sei como foi!
Não sei se foi por magia num tapete voador, não sei se foi nas asas de uma gaivota, simplesmente voou… e foi parar a uma terra, uma terra com muralhas, fortalezas, com montanhas ribeiros e fontes e com uma mulher, a Rosa.
Sorriu para ela e o sorriso de Leonardo soubera-lhe a mar, a mar e a saudade de um “não o sei quê”. Eu só sei que mais tarde lhe chamaram saudosismo lusitano.
Voltando à estória perdida nos confins do tempo, sei que era 13 de Setembro e alguém, acho que um músico inspirado por um anjo resplandecente e luminoso cantou-lhes “Setembro foi um mês de eternidade, Setembro sabe a mar e a saudade…” e seguidos por essa voz foram os dois perder-se nos mares.
Os anos, os séculos, os milénios passaram e o barco de madeira sofreu alterações, mutações estéticas, “genéticas”,o barco mudou várias vezes de nome, chamaram-lhe Titanic, depois Submarino, depois puseram-lhe o nome de Iate di Lux mas a verdade é que o barquinho de madeira deixou de ter luz.
Leo esqueceu-se do perfume da Rosa, da brisa e das pisadas. Das gargalhadas com os Amigos que deram juntos, das Estrelas.
Leo, esqueceu-se das intempéries, do medo, esqueceu-se do mar e do significado do verbo amar.
Havia muitas pessoas no barco que se cheiravam a cimento, dinheiro ou petróleo também não sei.
Só sei que o Leo foi chamado por essas pessoas de imperador, de rei, de magno e gostava disso, dessa fama de todo poderoso e não se importou de ter perdido Rosa.
Mas houve uma noite que chorou, chorou pelos Bons, pelos Anjos, pelos Santos e Inocentes que perdera e pela fonte de Vimaranis que secara.
Sentiu um imenso sentimento de culpa e ingratidão.
Então, embargado em lágrimas salgadas e sinceras voltou a bradar as Céus e pediu:
- Desculpa!
Então os Céus, voltaram a dar-lhe um sinal: depois de cometas e estrelas terem fugido da Via Láctea, depois de Plutão deixar de ser planeta, depois da extinção de muitos animais selvagens… depois de… depois de… Uma 7ª oportunidade no dia 07/07/07. Os corações dos seus “amigos” e da Rosa, dos seus amigos da onça transformaram-se em Petra e da fonte de Vimaranis voltou a jorrar água.
Se Leo encontrou Rosa no meio das múmias, dos petrificados, das muralhas e barreiras isso já não sei. Se a Rosa lhe perdoou também não.

O que eu sei é que o perfume da Rosa continua a ser Eterno… E a via Láctea, diz-se, continua a ser Branca.

"Eu queria ser civilizado como os animais(...)" (Roberto Carlos)


Post Scriptum: “Há coisas fantásticas, não há?”

Saudações romanas, latinas, lusitanas, globais…

Rose, bless the World!